"Há um momento em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos antigos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia - e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (PESSOA, Fernando)

"Procuro despir-me do que aprendi. Procuro esquecer do modo de lembrar que me ensinaram. E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos. Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu." (PESSOA, Fernando)

30 de jul. de 2010

Acrescente


"Não acrescente dias a sua vida, mas VIDA aos seus dias."
(Harry Benjamin)

Recebi esta frase hoje de uma pessoa tão especial, quanto a mensagem que traduz.   Acrescentar vida aos meus dias eis uma definição certeira para meu momento atual!

Eu preciso de você

Eu Preciso de Você (Plinio Oliveira)

Eu preciso de você
Será que você não vê?
Que sozinho ninguém faz
Da vida a felicidade
Que é viver
Eu preciso de Você



Plínio inicia sua apresentação contando uma vivência:
Durante a guerra do Vietnã um vilarejo foi bombardeado e quase todos morreram, exceto algumas crianças, entre elas uma menininha que precisava urgentemente de uma transfusão de sangue para sobreviver, os médicos norte americanos já haviam dado tudo o que podiam, só restava pedir as próprias crianças.
A enfermeira fez a solicitação e um menininho ergueu a mão.
Pegaram o menino, colocaram na maca, instalaram a agulha e ele começou a chorar.
Perguntaram ao menino o que estava acontecendo, se estava doendo.
E ele disse: “Não, é que eu não sei o que vai acontecer depois que eu morrer”.
E a enfermeira disse: “Não, você não vai morrer”.
O menino espantado: “Mas vocês não vão tirar todo o meu sangue e dar pra ela?”
A enfermeira o acalma: “Não, vamos tirar apenas um pouquinho”.
E o menino se tranqüilizou.
Fizeram a transfusão de sangue, o menino foi tomar um suco, e o médico ficou curioso, e perguntou ao menino: “Se você achava que ia morrer, que tinha que dar todo o sangue, por que aceitou?”
Ele sorrindo disse: “É porque ela, é minha amiga!”
Por quem você daria o sangue??

Eu precio de Você

29 de jul. de 2010

Seja Feliz

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo.
Só você pode evitar que ela vá à falência.
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.
Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos.
Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar "eu errei".
É ter ousadia para dizer "me perdoe".
É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você".
É ter capacidade de dizer "eu te amo".
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz...
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida.
E descobrirá que...
Ser feliz não é ter uma vida perfeita.
Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
JAMAIS DESISTA DE SER FELIZ,
POIS A VIDA É UM ESPETÁCULO IMPERDÍVEL.
(Autor desconhecido - o Google diz ser autoria de Fernando Pessoa)

28 de jul. de 2010

A.F.


Ele estava acomoado.
O que disse?
Acomodado...
Você prestou atenção na palavra que disse, o que seria acomoado?
Não sei... seria uma mescla de acomodado com acuado? Não sei...

Destino


"Destino é a ponte que VOCÊ constrói até a pessoa que ama"
(do filme Ironias do amor)

26 de jul. de 2010

Ele não sabia


O que ele não sabia era que querendo apenas parte, a perdia por inteiro...
(autor desconhecido)
Frase raptada do filme "A Garota da Vitrine", e que traz em si uma verdade incontestável.

25 de jul. de 2010

Sutilmente

"E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
[...]"

Linda música de Skank Sutilmente , a letra diz o que as palavras disfarçam...

24 de jul. de 2010

Ventania


Sou como você me vê.

Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,

Depende de quando e como você me vê passar.
(Clarice Lispector)

Acordeom


A face rígida dá lugar ao sonhador olhar de menino, de brilho encantado e pensamentos soltos ao ar. A sonora melodia ameniza da vida suas flores, suas dores. Flashes de memória soam agora distantes ao que o tempo ceifou prematuramente. A postura exigida para manter o que já não mais tinha, tornou o amor catatônico num sorriso embotado socialmente exibido. Volta face de menino sonhador ao fitar o tão desejado acordeom. Embarca numa viagem mágica com ingresso só de entrada e embala a todos com sua melodia inventada.

É real, esta cena eu vi, senti e reti. Nítida transformação de quem apresentava-se sem esperança nem sonhos, para um rejuvelhecer da alma. A música, a arte tem este poder de magia eterna!

23 de jul. de 2010

Sintoma


“[...] o sintoma é um enigma a ser decifrado, uma palavra que não pode ser dita, substituição proibida articulada pelo desejo”.
(BOSSA, N.A. Fracasso Escolar: um olhar psicopedagógico. Porto Alegre: Artmed, 2002, p.84)

22 de jul. de 2010

Interior


"A verdadeira segurança vem do seu interior"
(Tudo o que o céu permite)

Importa o que emana dentro de ti
o entorno tem vida própria e segue o  rumo  a seu tempo...

Senta-te

A noite sorrateira trouxe de convidada a chuva que bate lá fora
Sirvo-lhes um velho Mosquetel e alguns petiscos de queijo
A sobremesa vem acompanhada de um bom filme, coberta e sofá
Venha, senta-te e saboreie,
Férias que te quero, belas férias!
Aproveitar cada momento como único!!!!!
Alguém mais se habilita?

Razão

"Nascemos por diferentes razões
Precisamos descobrir quais são"
(autor desconhecido)

Ouvi a frase acima no cinema...

Sair da zona de conforto
E enveredar na busca desta razão
Tem sido meu constante desafio
E sei que hei de alcançá-lo




21 de jul. de 2010

Permito

Espiar
            Permito
                          Vigiar
                                     Suspendo
                                                     Desconfiar
                                                                       Não  recomendo

Alma de Mulher

Nada mais contraditório do que ser mulher ...
Mulher que pensa com o coração, age pela emoção e vence pelo amor.
Que vive milhões de emoções num só dia e transmite cada uma delas, num único olhar.
Que cobra de si a perfeição e vive arrumando desculpas para os erros, daqueles a quem ama.
Que hospeda no ventre outras almas, da a luz e depois fica cega, diante da beleza dos filhos que gerou.
Que dá as asas, ensina a voar mas não quer ver partir os pássaros, mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.
Que se enfeita toda e perfuma o leito, ainda que seu amor nem perceba mais tais detalhes.
Que como uma feiticeira transforma em luz e sorriso as dores que sente na alma, só pra ninguém notar.
E ainda tem que ser forte, pra dar os ombros para quem neles precise chorar.
Feliz do homem que por um dia souber, entender a Alma da Mulher !!!
(Lucinete Vieira)

Perdas e danos

Por que na balança da vida não se contam os juros das juras de amor ?
Por que, nesta luta diária, sem ajuda de custo, correção monetária, só saudades ficou ?
Em meu coração há um estouro - sem saldo – não há dividendos, porque tudo levou...
Joguei os meus desenganos
Nas perdas e danos
Do nosso amor!
(autor desconhecido)

Fazendo a contabilidade no meu caderno de poesias, retirei  da conta do Ativo Permanente Imobilizado
transferindo-a para a conta do Passivo Circulante...

Revele

Descobrir para cobrir
Encobre
Mistério para velar
Revele

20 de jul. de 2010

Ter ou Ser

A busca pelo prazer norteia toda a humanidade pelo passar da história. O questionável é qual prazer e a que custo, assim remete a uma introspecção no que tange a fonte de prazer. O que inicialmente permite uma experiência de gozo e satisfação, por ora parece não mais evocar as mesmas sensações; como se esta busca inconstante e infindável jamais se completará. Mas de quê prazer exatamente, falamos? De um prazer egoísta que não se satisfaz e não mede esforços para alcançá-lo (que por si só também tem suas justificativas ou motivações); ou de uma busca pela falta de prazer na vida, preenchimento de um vazio, um sentido, um motivo para viver. O que difere o remédio da droga é a dosagem; nesta perspectiva o que difere o prazer do desprazer, acaso não seria também a dosagem? O excesso ou a falta de prazer podem ser tão maléficos quanto uma dosagem de medicamentos ministrada erroneamente. Sim, perceber o entorno sem deixar-se influenciar pela máquina imediatista do nosso tempo é essencial, mas como perceber se não se é percebido? É possível não compreender a linguagem alheia, e ficar na espera de um prazer que não se completa? Não é de se espantar com o crescente número de adicção, ela oferece uma forma mais palpável de prazer, mesmo não sendo a mais saudável, pelo menos, momentaneamente ela supre uma falta. Por isto não me sinto digna de julgar aqueles que enveredam por caminhos tortuosos do uso de drogas. São tão vítimas do desprazer como qualquer um, mas pagam um preço muito caro por isto. Quando na realidade o prazer não deveria ter preço, nem ser pago. Questiono-me se esta ânsia desenfreada e imediatista de prazer não é resultante da falta do “ser” feliz. Deveria brotar da essência do ser humano como fonte de sobrevivência “dar” e “receber” prazer, de tal forma que bastariam ambientes solidificados com amor suficientemente fortes para suprir a necessidade natural de receber e perceber o prazer. Acaso não seria esta falta de receber amor que causa a distorção entre “ter felicidade” e “ser feliz”? No vazio do “ser” feliz, procura-se preencher com o “ter” felicidade, mesmo que por pequenos instantes. Abordando de forma preventiva as famílias, sob este enfoque, creio que seria possível reverter este quadro, pelo menos reduzindo a magnitude das adicções futuras.

Amigas...

Esta mensagem retrata muito o que significa o TRIANE ( as três amigas ANEs), um presente maravilhoso recebido de uma ANE muito especial que brilha mais forte a cada dia, e aqui compartilho com o  nosso brinde:


"Difícil querer definir amigo.Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas. É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu. É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o realimenta, satisfaz. É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você. É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.
É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir". É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas. É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso.
Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas. É quem tem medo, dor, náusea, cólica, gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar. É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.
Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas. É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos. Amigo é multimídia.
Olhos... amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo. É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior. É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.
Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação : amigo é quem te ama "e ponto". É verdade e razão, sonho e sentimento. Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista (mensagem eletronica autor desconhecido)".



Esta imagem retrata maravilhosamente o TrioAne em todos os sentidos...



Recados para Orkut

Para gifs de Dia do Amigo, o melhor é aqui!

19 de jul. de 2010

Minha vez

A sombra da noite paira suave sobre os seres viventes que teimam em deixar seus olhos abertos numa luta contra a natureza a qual foram criados...

Um recado largado sobre a mesa lateja em ser visto e cumprir a missão a que foi designado... “assim que chegar, ligue para...”, exatamente desta maneira, sem restrição de horário... um pedido... uma ordem ??!! Simplesmente palavras que escondem um significado próprio e subjetivo... Num impulso de medo misturado com preocupação impelem a mecânica ação de teclar os números tingidos. Suspense, curiosidade, prontidão... impossível definir o que dominava este momento.

Apelo misturado com acusação, uma mescla de sentimentos e fatos confusos em uma fala sem sentido, nem lógica... Foi preciso alguns fragmentos de minutos para perceber a cilada em que estava sendo enlaçada. Desespero, confusão, ansiedade, medo, incapacidade, impotência, dominância, comodismo, egoísmo, frustração, insegurança... Difícil apontar exatamente o que estava mais latente na fala do interlocutor.

Outrora teria caído ao fundo do maior abismo, com toda a culpa inimaginável que um ser teima em se autoproclamar. O estalo da consciência não se deixou afetar pela emoção momentânea, e permeou o discurso de forma objetiva, devolutiva e pontual. Nem mimos, nem choros; nem aspereza, nem frieza; humano para ambas as partes.

Se a vida se resumisse a atos, daria por encerrada esta divagação. Mas na intersubjetividade do ser reside uma vida própria, que lateja para ser descoberta, aberta. Tal como uma ferida que não cicatriza, e deixa vazar seus líquidos repugnantes para dizer que não findou, não foi cuidada; assim, ousaria dizer que traços mnêmicos deslizam e eclodem na possibilidade de atos falhos exporem suas identidades...

... a caminhada já está lançada, a estrada estreita-se com o avançar da rota apresentando obstáculos tediosos e sutis com o intuito de postergar a chegada no destino almejado, marcas são agregadas neste percurso... mas tudo o que se passa compõe o que poderá um dia ser chamado de vida.

18 de jul. de 2010

Desconhecido

Conhecer o desconhecido e desconhecer o que  imaginávamos conhecer, e a vida segue nesta floresta de pedra.

Atreve-te

Queres saber o que estou pensando?
Tens que aprender a ler meus olhos
Chega mais perto
Atreve-te
O que eles te dizem?

Nos tornamos cruéis

"Nos tornamos cruéis quando temos permissão
Chamam isto de guerra para justificar, mas o nome verdadeiro é  loucura
Não há vitória, somente perda e dor
[...]
Quando o amor chamar, obedeça
apesar de seus caminhos serem duros ou íngremes
e quando suas asas o envolverem, renda-se
apesar da espada  escondida entre suas penas envolverem as feridas de seus coração
Quando o amor chamar, obedeça"

(Filme O Poeta)

16 de jul. de 2010

Meu primeiro mês


É engraçado, hoje aniversario aqui um mês de blog, mas estou sem vontade de fazer alarde. Apenas registro. Comecei quase de susto, sem planejar, simplesmente aconteceu. Conheci este mundo virtual por acaso, inicialmente por indicação do blog do professor da faculdade, apenas meses mais tarde fui conhecer outros estilos de blogs, e é interessante a variedade que encontramos por aqui. Iniciei com pequenas visitas, leituras, até o dia em que tomei coragem para postar o primeiro comentário, mandei inicialmente por e-mail para o professor pedindo seu aval; e outros já seguiram timidamente, apenas como anônima pois não conseguia entender este assunto de “blogger”. Este ano tive a felicidade de encontrar outros blogueiros que escrevem conforme as palavras saltitam em suas mentes, assim como acontece comigo. Tornei-me seguidora, e pouco a pouco arrisquei alguns comentários. Conforme percebi aceitação motivei-me a continuar, bem hoje estou aqui por incentivo de alguns novos colegas que conheci. Ainda não sei quanto tempo vai durar. Isto me lembra da minha adolescência, caderno de poesia, de frases e de perguntas e respostas a colegas... Bem isto aqui, está mais ou menos deste modo. Registro um pouco de mim, outro tanto do que gosto, frases com significado especial, lembranças do que fui, meu processo terapêutico de mudanças que ocorreram e estão ocorrendo, meus momentos, mas o que tem sido legal, é que desta forma as palavras que escrevo podem receber um novo significado para quem as lê, e esta reinterpretação torna-se construtiva. Também é uma oportunidade de eternizar algumas fotos que registro, assim dividindo-as elas não sucumbem ao arquivo do meu note. E que venham as palavras...

Aprendi

Foi ainda na adolescência que aprendi a aceitar todos os meus 1m e 55 cm de altura. Sabe quando os alunos tinham que fazer fila no pátio da escola e cantar o Hino Nacional, antes de entrar para a sala de aula. Para a minha infelicidade ainda faziam a fila em ordem decrescente, e eu ficava bem no finalzinho, sem conseguir enxergar nada, nem as cores da Bandeira eu tinha o privilégio de admirar. Foi quando em um destes dias em que outros também cometem gafe, eu vi ascender como uma tocha, a menina mais alta da minha classe. Pensei comigo, prefiro ficar aqui invisível na minha pequenez, a ser alvo de todos os olhares acusadores... Aprendi a tirar vantagem.


Hoje sei brincar com a situação, tenho GRANDES amigos, grandes mesmo (1 e 98) aqui o povo “comeu fermento e eu fiquei de molho”. Quando vou ao mercado, mesmo no alto dos meus 1 e 55 somados ao salto do sapato tenho dificuldade de alcançar os produtos que teimam em exibir-se em prateleiras inalcançáveis a mim... só rindo mesmo. O pior é que em casa já não posso mais dizer para meus filhos que algum programa é impróprio para “menores”...

Mas faço uma lista das vantagens da minha grande altura:

Com as sobras que ficam quando faço bainha nas calças que compro, quase ganho uma mini saia.

Os calçados No. 35 sempre sobram nas lojas, e aparecem em promoções maravilhosas (outro dia comprei dois pares pelo preço de um)

Posso usar sapatos nas mais diversas alturas, ah que delícia!

As pessoas precisam se abaixar para falar comigo....rsrsr e eu posso andar sempre de cabeça erguida.....

Minha altura conferiu meu jeito moleca, pude ser criança por mais tempo

Ninguém me encontra numa fila de supermercado ou em eventos que envolvam aglorerações...
...

Vejo muito mais vantagens do que desvantagens na minha altura, quem sentir-se tocado junte-se ao grupo!

As tristes marcas no sorriso

Nesta semana Roupa Nova tem pego carona comigo para todos os lugares que dirigjo, o que me faz ouvir mais ponderadamente a letra das músicas, refleti nesta  Meu universo é você
[...] Se me olhar no rosto vai ver
As tristes marcas no sorriso...[...]

(Quantas vezes o meu sorriso serviu de máscara, refúgio socialmente aceito dos meus sentimento inexplicáveis)

Tenho medo que talvez descubra e simplesmente me corte[...]

(E na minha impulsividade, falei elouquente, livrando-me da razão consciente... até o novo corte se fazer presente. Recorria novamente a máscara do sorriso, com medo de magoar, fuga constante)

[...]Ah! Se eu puder ter a chance Ah! Eu juro todo o seu amor
Com toda força em mim
Eu juro todo seu amor merecer!

(Sonho constante, fazer parte, ser vista, pertencer.)


Hoje uso pouco da máscara do sorriso, ele é meu companheiro fiel e atualmente mais sincero. Estou consciente de minhas impulsividades, e quando me atropelo nelas, olho pra trás e dou uma risada...
Aprendi que para  sentir-me amada, devo começar a partir de mim. Então estou aprendendo a me amar, e incrível, já não me sinto um ser invisível!
Que bom que tudo isto ocorreu antes dos 40!!!!

15 de jul. de 2010

Dia do HOMEM

Quase passou em branco, mas meu marido fez questão de ser lembrado, então faço esta homenagem do modo que  lhe conquistei  no passado e estendo a quem mais se achar interessado... a autoria é desconhecida, mas a letra nunca me saiu da memória!

DEUS QUANDO FEZ A MULHER
FEZ COM MUITA DELICADEZA
O CORPO DE UMA SENHORA
O ROSTO DE UMA PRINCESA



PORÉM QUANDO FEZ O HOMEM
NÃO FEZ CERIMÔNIA
O CORPO DE UM PALHAÇO
O ROSTO DE UM SEM-VERGONHA

E não é que funcionou, meu querido marido fazendo suas atrapalhadas palhaçadas  esta até hoje do meu lado...

Quando bate uma saudade

Hoje ouvi esta música do Roupa Nova

Quando bate uma saudade
Não há nada que eu possa fazer
A não ser buscar dentro de mim
Forças pra poder lhe escrever
E explicar o inexplicável
E enxergar o invisível


Quantas vezes sinto assim, buscar dentro de mim forças para escrever, explicar o inexplicável e enxergar o invisível...

Vida real

Hoje não vou falar de sedução, mistério e nem desejos, tão pouco vou fazer proposta indecente...

Vida real! Primeiro trocamos a máquina de lavar roupa, depois a geladeira, em seguida minha batedeira resolveu parar de funcionar, agora o liquidificador aderiu a aposentadoria... Pouco a pouco estamos obrigados a trocar tudo... e quando me dou conta resta pouco daquilo que iniciou conosco nesta jornada chamada casamento. A beira de completar 20 anos de união espero não ser eu o próximo item da lista a quebrar ou ser trocado...

Milho de pipoca (Samuel)


"A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por qual devem passar os homens para que eles venham a ser quem devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele dever ser aquilo que acontece depois do estouro.
O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa.
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.
Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas.
Só que elas não percebem.
Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor.
Pode ser fogo de fora: perder um filho, o Pai , ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão - sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo.
Sem fogo o sofrimento diminui.
E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesmo. Ela não pode imaginar destino diferente.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: PUM! - e ela aparece como uma outra coisa completamente diferente que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá que é o milho de pipoca que se recusa estourar.
São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A sua presunção e o medo são a dura casca de milho que não estoura.
O destino delas é triste.
Ficarão duras a vida inteira. 
Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria para ninguém!
Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada.
Seu destino é o lixo!


Passe pelas dificuldades, enfrente-as e saboreie a conquista dos que acreditaram e não desistiram. Ou seja um piruá deixado de lado.  Que seu propósito em ser melhor a cada dia, seja maior que a força que lhe atrai para o comodismo."(Samuel)
 
Recebi este texto mui generosamente e compartilho aqui, pois complementa em muito o que venho escrevendo  como  em Torrão de barro sobre as mudanças que assumi fazer em minha vida,  e descobri que sou um "estouro de pipoca"...

14 de jul. de 2010

Despir-me

Preciso despir-me do que aprendi. Desencaixotar minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu! Uma aprendizagem de desaprendizagem... (CAEIRO, A.)
Caiu nos meus braços esta frase... mais profunda que as raízes desta árvore.
Quando chega o tempo certo, deixa despir-se de suas folhas
Sêca, galhos desnudos, sujeita ao vento
submissa a tudo
enterra suas raízes no mais profundo
seivando-lhe escuro
humilde, desgarra-se de seu passado,
e esperançosa  enreda-se ao futuro
novos galhos, novas folhas, novos frutos
novas aves, novos ninhos, novos amores...

Não sou árvore frondosa, cujo tronco rígido não oscila movimento
Sou mais para bambu que cede ao vento
Mas aprendo que é necessário despir-me das folhas que aprendi
e desencaixotar as cores que quero ser
nas emoções que não vou mais conter
Me desembrulhar, desfolhar, despojar
Aprender o desaprender do aprendizado diário
Sem prender, compreender o ser

Deficiente

(Mário Quintana)
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.


"A amizade é um amor que nunca morre."

Conta-me

Conta-me um segredo e  revelarei um desejo...

13 de jul. de 2010

Simplicidade

"Na simplicidade aprendemos,


que reconhecer um erro não nos diminui,


mas nos engrandece,


e que as pessoas não existem para nos admirar,


mas para compartilhar conosco a beleza da existência."

(Mário Quintana)

Experimento


Experimento a saudade guardada no paladar da última taça de vinho que provamos...

ESTAMIRA



Marcos Prado descobriu Estamira, em 2000, quando fazia fotos do aterro sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias no Rio de Janeiro. Este aterro recebia diariamente mais de 8 mil toneladas de lixo da cidade do Rio de Janeiro e era fonte sub humana de sobrevivência de muitas pessoas. O documentário acompanhou por três anos, o cotidiano da vida da personagem que leva seu nome como título. Estamira Gomes de Souza  uma mulher de 63 anos, no editar do docuemntário, tinha moradia em Campo Grande, subúrbio do Rio, trabalhava e vivia neste aterro sanitário aonde chegava a passar 15 dias diretos.

Estamira descreve lembranças de uma infância sofrida. A mãe vítima desta violência foi internada em um Hospital Psiquiátrico sob diagnostico de depressão, aonde maltratada chegou a receber tratamento de choque. Destino usual para todos os que de algum modo “incomodavam” socialmente; tanto por comportamentos desconhecidos, como por atitudes externalizantes, que extravasavam as regras, o domínio.

Estamira relata ter sofrido abuso sexual aos nove, e aos doze anos seu avô a levou para trabalhar em um bordel, saindo apenas aos 17 anos quando casou e teve o primeiro filho. O marido traía, era violento e batia, e quando ela reagiu foi expulsa de casa; aqui é possível perceber a repetição de sua história, pai e marido violentos. A falta de conhecimento e amparo aos direitos civis permitiu que Estamira perambulasse pelas vielas da sociedade. Mais fácil, apontá-la como fora dos padrões que ditam as regras de convivência, do que compreender sua ânsia de viver sem o jugo de uma prisão domiciliar, somando-se aos transtornos psiquiátricos já instalados que lhe amputou este viver social normalmente aceito.

O relacionamento com o filho durante o documentário pareceu conturbado, por acreditar que o comportamento alterado da mãe, estaria relacionado com possessão demoníaca. O filho ao associar o comportamento alterado com possessão demoníaca, vai de encontro com conceitos predominantes na tese da loucura vigente em épocas passadas.

De outra relação teve mais duas filhas, Carolina e Maria Rita. A filha caçula foi afastada da mãe,vindo mais tarde reestabelecer o contato entre Estamira e esta filha, que esta têm demonstrado muito carinho pela mãe. Maria Rita, em seus 21 anos, acompanha e visita constantemente a mãe,  defende que ela permaneça trabalhando no lixão, pois ali é feliz, e prefere que ela viva dois anos livre do que cinco anos em alguma instituição (sem liberdade e possivelmente dopada). Indo assim mais próximo ao encontro do conceito de saúde integral, que visa o ser humano em sua totalidade; desvinculando na medida do possível saúde de doença, é possível que no seu contexto social, Estamira possa viver saudavelmente a sua “loucura”. Como a antitese da reforma psiquiátrica, que muda o olhar sobre a loucura, deixando de lado a possessão demoníaca, e conceituando a loucura como doença que precisa ser curada ou dominada. De tal forma que Estamira recebe acompanhamento especializado e medicação que lhe permite transitar socialmente, fato que em outras épocas seria motivo de contenção, como ocorreu com sua mãe.

Conforme seguem as cenas do documentário, retrata o cotidiano da vida no aterro, a disputa dos restos de comida pelos homens e animais, a insalubridade e precariedade deste ambiente, em contraponto é possível vislumbrar a criatividade e respeito que ela conquistou. É requisitada, e sente-se protetora dos seus colegas e animais. Esta mulher sofrida e batalhadora se destaca no aterro sanitário pela sua postura de autonomia e determinação, é vista, tem o seu valor, sente-se e até verbaliza este poder. Os restos que a sociedade descuidada rejeita, refuga, precisam de um local para ser despejado; ali, Estamira, rejeitada e ignorada pela civilidade, encontra de modo autônomo seu jeito de viver, no aterro é detentora de um poder subjetivo e intrínseco, demonstra ser feliz. Não foge do trabalho pesado, faz ponderações sobre a necessidade de trabalhar, com gosto. Critica a sociedade desleixada, que joga fora sem economizar, e alerta que os restos vêm do descuido. Estamira, esta-mira, está longe da mira, do olhar da sociedade.

Comumente, Estamira seria vista apenas como uma “feiticeira”, que grita, fala coisas sem sentido, tem comportamentos bizarros, foge das regras, age como “louca”. De aparência descuidada, com neologismos (cria palavras que não existem, como trocadilo), idéias desconexas, e delírio de perseguição (afirma que o FBI a estava perseguindo), idéias místicas (vai revelar quem é Deus, “Sou melhor que Jesus”) e de grandeza (ninguém pode viver sem Estamira), e descontrole de algumas coordenações motoras. Tem consciência de sua perturbação “Sou perturbada lúcida, sei distinguir a perturbação”, “minha depressão não tem cura”. Mescla histórias bíblicas, com mitologia; cria definições para o que desconhece, faz uso do saber ler, o que a eleva perante seus colegas de trabalho. Ela emite sons, como quem falasse em outras línguas, fita os olhos sugerindo estar vendo e ouvindo coisas. Apresenta quadro psicótico crônico alucinante, onde a idéia de influência e discurso misto delirante necessita de tratamento contínuo.

Recebeu acompanhamento especializado, inicialmente no Hospital psiquiátrico, e mais tarde no Centro de Assistência Psico Social/2002. Quanto aos atendimentos, reclama dos médicos do CAPS dizendo que os doutores são copiadores, pois prescrevem os mesmos remédios seguidamente, e os efeitos colaterais são desagradáveis; "que os remédios são quadrilhas para cerrar os olhos, dopantes".

Em meio aos seus devaneios é possível perceber muita verdade nas falas de Estamira. Quando diz que é necessário conservar as coisas para proteger; quem economiza tem; as pessoas não aprendem na escola, copiam, aprende-se com a experiência; o trabalho é diferente que sacrifício; o homem não pode ser incivilizado; “não existe mais inocente, existe esperto ao contrário”; faz critica ao racismo, a falsidade, moralidade e humilhação. Firma-se em sua auto-estima, e reconhece-se “eu sou assim, não vou mudar o meu ser”.
Devaneios de loucura, que os normais sequer ousam pensar, pois enredar-se-iam em suas normais loucuras. “Estamira, visível e invisível”, diz nesta fala muito mais do que do que as palavras limitam-se a significar; invisível para uma sociedade plástica, que finge não enxergar a miséria e injustiça que ronda, e visível para ela própria, aceitando-se em sua plenitude.

Em nossa sociedade de normais, soltos nos bancos escolares e presos a acirrada competição do mercado de trabalho; dizemo-nos normais. Reprimimos nossos desejos e sentimentos, submetemo-nos aos preceitos de outros, deixamos de viver, acumulamos bens para em seguida descartá-los nos lixões... e pensamos que somos normais. É possível que Estamira em sua loucura, viva mais saudável do que muitos de nós, pseudo-normais.

"Quão tênue é a linha que separa o normal da loucura, já ponderavam antigos pensadores. Se há esta linha eu não sei,  mas por certo da loucura já provei" (M.M.O. - abril/2010 - Pseudonimo: Antonela Vancellote)

(Resenha elaborada por Mariane M.O.- 07/06/2010 - respeite a autoria)

ESTAMIRA. Direção: Marcos Prado. Produção: Riofilme/Zazen Produções Audiovisuais. Brasil, 2006. 1 DVD (115min)

É possível acompanhar: Estamira

Atualização em novembro/2010 :  Com alegria tenho percebido o grande acesso a este post nas últimas semanas, ficaria muito contente em saber tua opinião sobre o que leu aqui. Esta é uma resenha que fiz após assistir o documentário, e portanto bastante subjetiva. Não carrega uma verdade absoluta, por isto teria o maior prazer numa troca de pareceres. Todos serão bem vindos!

12 de jul. de 2010

Quando me amei de verdade

(Charles Chaplin)


"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome: AUTO-ESTIMA.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é AUTENTICIDADE.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de AMADURECIMENTO.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é RESPEITO.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável. Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama AMOR PRÓPRIO.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é SIMPLICIDADE.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a HUMILDADE.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é PLENITUDE.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é SABER VIVER!!!"
 
 

Recebi de uma Ane muito especial, e deixo aqui vincado neste lugar para não esquecer desta mensagem tão real.

A Bailarina

(Composição: Mutinho / Toquinho)
 
Um, dois três e quatro Dobro a perna e dou um salto Viro e me viro ao revés e se eu cair conto até dez
Depois essa lenga-lenga toda recomeça puxa-vida, ora essa vivo na ponta dos pés
Quando sou criança viro o orgulho da família giro em meia-ponta sobre minha sapatilha
Quando sou brinquedo me dão corda sem parar se a corda não acaba eu não paro de dançar.
Sem querer esnobar sei bem fazer um gran de car E pra um bom salto acontecer Me abaixo num demi plier
Sinto de repente uma sensação de orgulho se ao contrário de um mergulho pulo no ar um gran geté
Quando estou no palco entre luzes a brilhar eu me sinto um pássaro a voar, voar, voar
Toda Bailarina pela vida vai levar sua doce sina de dançar, dançar, dançar

Para apreciar a melodia: A Bailarina - Lucinha Lins
 
Nos meus tempos de criança esta música e o conteúdo de sua letra me embarcavam no mundo mágico da fantasia, e que "quase aos 40", remetem-me aos sonhos projetados que ficarão guardados na prateleira mais alta do meu armário, junto com meu primeiro par de sapatilhas...

Volta...

A brisa gelada percorrendo meu dorso desnudo me desperta num arrepiar incontido. A cortina baila frente a janela entreaberta revelando a queda brusca de temperatura. Sozinha me encontro, mas sei que estivestes aqui. Não deixastes nenhum rastro visível, mas percebo o aroma amadeirado que toma conta do quarto e invade minhas narinas...

Volta sem demora, e quando o tempo lhe permitir, apareça no teu completo ser. Não temas, sei que mudei, já não sou mais a mesma que conheceste outrora, mas isto por certo não deverias te impressionar, afinal fostes tu meu maior incentivador . Venha e lhe mostrarei a mulher em que me transformei. Contarei-te meus sonhos, e partilharei contigo meus desejos. Por enquanto, apenas te espero...

10 de jul. de 2010

Aqui te espero...


No último deslizar da escova sobre meus cabelos, vejo-te a espreitar pela fresta da janela. Esquiva-te no mesmo instante que meus olhos alcançam aos teus. Percebo apenas o contorno de tua face, a penumbra é tua aliada, faz do mistério tua assinatura. Sei que estas a me vigiar a longa data. Deixo a porta destrancada, e espero-te. Peço-te neste momento apenas que não te demores mais. Aqui te espero...
(MariAne 10.07.2010)

9 de jul. de 2010

Ser feliz


 
(Augusto Cury)
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta."

8 de jul. de 2010

Quando Nietzsche chorou

Enquanto leio “Quando Nietzsche chorou”, é impossível ficar alheia as emoções e sentimentos que saltam de cada linha. Prendem-me a atenção e o respirar. É como se eu estivesse intercalando com os personagens em falas ou sentimentos, que por ora são minhas; mas em alguns instantes me parecem aterrorizadoras demais, embora tentadoras. Comecei a leitura tentando capturar a essência de cada personagem, estudar seus sentimentos, mas por fim acabei me mesclando a eles, e tenho dificuldade em separá-los de mim. Seus sentimentos e emoções, suas dores. O anseio pela terapia da fala; sem culpa, sem cobranças, sincera e pura. O desejo de estar no contexto e sentir-me percebida, ouvida. A confiança, esperança.

A leitura me hipnotiza de tal forma que meus pensamentos não se desligam, e em todo momento minhas mãos e meus olhos, buscam incansavelmente este bloco de papel impresso, com rico conteúdo a ser explorado, estudado, degustado. O que este livro pode me ensinar, onde posso crescer o que ele têm a me dizer? São as perguntas que faço, são os vazios que procuro preencher, são os sentimentos que quero compreender. Sim a vida lá fora segue, mas eu continuo dentro de mim, nesta busca incansável de compreensão...

Copmpartilhando pequenos fragmentos do livro:
[...] Com o tempo, eu lhe ensinarei como superar. Você quer voar, mas não se pode começar a voar, voando. Primeiro, tenho que lhe ensinar a andar, e o primeiro passo ao aprender a andar é entender que quem não obedece a si mesmo é regido por outros. É mais fácil, muito mais fácil obedecer a outro do que dirigir a si mesmo.
[...] é a importância de você não se deixar viver pela própria vida. Senão, chegara aos 40 sentindo que não viveu realmente. O que eu aprendi? Talvez a viver agora, de modo que, aos 50, não relembre arrependido os anos em que fui um quarentão. [...] Aprendi também, que temos de viver como se fôssemos livres. Ainda que não possamos escapar do destino, temos que enfrentá-lo de cabeça erguida... temos que desejar que nosso destino aconteça. Temos que amar nosso destino.


Quando Nietzsche chorou

Nas poeiras

Este foi o presente que recebi hoje ao acordar:



Férias, sinônimo de faxina, pois bem, nesta que hoje me embrenho acabei por desempoeirar um pequeno caderno de anotações da minha tenra adolescência, escolhi uma para compartilhar, pois o seu conteúdo já mostrava o que hoje ainda vivo: o bailar das palavras em meus pensamentos.


“A redação é uma série de pensamentos amontoados e selecionados dentro de um ser. É tudo o aquilo que queríamos falar, mas não nos deixam, é o que queremos que os outros saibam sem que nos conheçam. É também a reunião de sentimentos, dúvidas e emoções que correm pelo filme do nosso ser.


Minhas redações são geralmente sem texto e nem nexo. Vem um pensamento corriqueiro, que foge na menor possibilidade de ser gravado. O que penso, só eu sei. Nem queiras tentar me entender, pois incorres no perigo de cair no abismo de minhas duvidas ou no vendaval de minhas incertezas... É deste modo que são minhas redações... Como um filme que nunca foi produzido por falta de roteiro, ou um livro aberto sem letras.


Minha redação é uma série de pensamentos amontoados, selecionados... e todo bagunçado dentro do meu ser... (Linha Torta- 1987)”.

7 de jul. de 2010

O que sou

Vivo o presente somente quando, no futuro olho para o passado com saudades. Não quero mais isto para mim. Presa a um passado que não aconteceu, norteada por um futuro ilusório, esqueço do presente. Quero ter lembranças do passado que motive a viver intensamente o presente, num futuro constante e insano! Sim, apenas isto que desejo.


Interpretando palavras que preenchem um vazio incabível. Timbrando letras que moralmente são incompreensíveis. Por que a clareza das escritas foge da minha produção, por que teimo em me esconder pelas entrelinhas de uma construção? São perguntas sem respostas, vazio sem preenchimento, mas jamais será vida sem pulsar. Faz parte da minha edificação, do meu aqui estar.

Sou assim, desse meu jeito único, fragmentada num mosaico vivo, com partes a serem lixadas; sou argila sovada pronta para a queima; sou ave treinando seu vôo solo; sou matéria, abstrata; sou pulsar de emoção e pura paixão; sou fraca, sou forte. Sou vida que corre da morte. Sou tinta que mescla sem técnica e sem norma expressa e, liberta externa na tela a vida não vista, apenas vivida. Sou passo, sou dança, sou saltos e reverências, do clássico ao contemporâneo, não importa a bagunça que faço. Sinto o cheiro das palavras, vejo o som das cores, escrevo a dor do toque na ausência ou na presença. Sou água sou fogo, sou terra sou ar, vento e calmaria, matéria inexata, sou meu pulsar. Sou o que sou agora e nada, em outro lugar

Corre pelas veias a queima profana de um desejo de vida. Que acelera as batidas cardíacas em arritmia desconhecida. O sistema arcaico e reptiliano busca em seus registros passados um rastro de história não descrito e se perdem pelas conexões caudais indolentes. Que esvanece entre o consciente racional dos meros vegetativos mortais.

6 de jul. de 2010

Convite





"Venha comigo visitar o mundo em que eu vivo! Neste mundo, que é meu, só há cores e luz, pássaros cantando e flores se abrindo!


Nós iremos juntos bater longos papos com as águas das fontes, travar amizade com as flores do campo; descobrir o sol na cintilação de uma lágrima!


Venha comigo! Você há de ver que no meu pomar toda árvore dá fruto! Você vai notar que na minha floresta todo pássaro é cantor!


Venha comigo! Não tenha medo da noite, que eu sou amigo da lua e namoro as estrelas!


Venha comigo! Você não vai ferir os pés nos espinhos, porque eu conheço, uma por uma, todas as rosas!


Venha comigo! Não fique com receio das nuvens do acaso, porque a aurora me acompanha vinte e quatro horas por dia!


Venha comigo! Eu tranquei a porta do tempo que dá para a noite, e o sol entrou em cheio dentro de minha vida!


Venha! Venha escutar comigo modulações de primavera, clarinadas de alvorecer, sinfonias de amor!"

 (Da Silva, E.C. Vida, amor e juventude. 5. ed. São Paulo: Edições Paulinas, 1987, p. 7)

5 de jul. de 2010

Para uma Ane...


Neste exato momento em que tinjo esta alva folha de papel, num ambiente ainda mais alvo, teu coração pulsa mais forte, na concretização de um afiado divisor de águas em tua história. Antes, lembranças da menina moça construída em meio a limitações e angustias, numa expectativa de idealizações tão distantes; hoje, agora, o passo para demarcar a mulher que se tornou, ciente de si. Amiga, este momento tão sonhado, e que ao mesmo tempo te assusta tanto, finalmente chegou! Conheço teus medos e anseios, é normal tê-los neste momento amiga, envolve sonhos, emoções, expectativas e medo de frustração. Caminhamos juntas, e ainda mais próximas nestes últimos tempos. Rimos, choramos, sonhamos e tanto mais. O que construímos não se apagará, porque mesclamos nossos sentimentos, ao ponto de juntas sentirmos as alegrias e tristezas uma da outra, numa mistura de teu meu e nosso; nossas palavras foram suprimidas pelos olhares, nossos olhos lêem e falam o que as palavras não conseguem expressar. Nesta viagem que embarcamos houve paradas e partidas, passamos pelo épico de nossas vidas, a nostalgia da infância, os dramas da adolescência, o prazer da maternidade, mas principalmente a descoberta de uma maturidade que mantinha-mos encoberta por nossos medos, numa mescla frágil de fuga como defesa.

O desabrochar de um botão, neste momento envolve deixar de lado a casca que não mais te pertence, e mostrar para o jardim a linda e perfumada flor que você se tornou! O que retiras neste momento carrega junto todo o teu pesar da adolescência, desvencilha-te dele. E não te preocupa, mexer no físico não vai retirar em nada a tua essência, pelo contrário, te permite ficar ainda mais radiante.

Estou contigo, segurando virtualmente tua mão, já que a distância real nos separa, quero crer neste momento na transcedentariedade, e confiar que nosso trio de amizade permanecerá cristalizado! Aguenta firme amiga, tua força e vivacidade têm respingado em  nós.

Beijos e até daqui a pouco... com amor e carinho!

2 de jul. de 2010

Borbulhar


Inquieta-me no corpo o pulsar descompassado, emergido desta busca obsessiva, única e inflamada. O tremor que toma parte não advém de precipitações climáticas, ele asfixia, entorpece. Acomoda-se ao lamurio angustiado de perda inexpressível, para não dizer insana. O sentimento borbulha na singela esperança de esvair, evaporar. E por não encontrar nenhum escape, invade enlouquecidamente a tudo que rodeia. Bagunçando sadicamente o que outrora já fora organizado, sem pretensão, a não ser da perversa satisfação de maltratar. Punir, por sentir-se punido pela repreensão. Maltratar por sentir-se ignorado. Este sentimento, que já não sei nominá-lo tem a persuasão ao seu combate. Alvoroça e conflitua os pensamentos escalpados. Numa guerra sem fronteiras, profundamente internalizante e inatingível. Não vejo, não ouço, não compreendo... apenas sinto o destroçar do corpo. Fatigabilidade. E jogo sobre tudo o escaldar de um chá quente de camomila... A apatia entra sem cerimônia e faz morada, esvanece o pulsar de um sentimento embotado, calado, negando a própria existência num constante estupor. Acometido de um perjúrio maior, falsa idealização... Caminhando por aí invisível ao próprio ser.

Minha Porta Colorida

O cognitivo e o emocional são dois lados opostos de uma mesma moeda translúcida, e que refletem-se diretamente um no outro, assim defendido por Reuven Feuerstein.
De tal modo que para compreender como sou hoje, precisei recordar o passado, desenterrar lembranças já adormecidas, revivê-las; reconhecer o que passou na estruturação do que me fiz. Não para me isentar de responsabilidade, mas numa busca de compreensão do por quê dos meus medos e limitações. Já não reclamo do "que fizeram comigo", mas direciono-me para "o que faço com o que fizeram comigo".
Somente assim me “des-cobrindo”, retirando o que me cobre de mim mesma, é que estou conseguindo reestruturar os meus significados.
Então minhas novas pinceladas podem ser de um amarelo vibrante como o sol, e num outro momento num aquarelado repousante.
Conhecendo e me aceitando como sou, já não me culpo mais pelas oscilações de minhas cores, afinal o branco e o preto, tem tanta importância como o vermelho!
Deixo de ser o tinteiro imóvel e sufocado para exercer minha função de a tinta do tinteiro  que tinge um dia de cada vez, na cor que melhor me apraz.
Hoje deixo meus cliks particulares de lado e empresto algumas cores que recebi gentilmente de uma querida amiga  de blog, a Irlene. Pois retrata muito bem este meu momento como Minha Porta de Entrada Colorida!

1 de jul. de 2010

Esquivando-se do sofrimento

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está

no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta

que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a

felicidade". (Carlos Drummond de Andrade)


 
Uma construção muito prudente, receosa de arriscar pela fuga constante do sofrimento, não sabia eu que fugia neste mesmo tempo de mim mesma.

Apenas...

Para um dia perfeito hoje, queria apenas sentir o vento rasgado em minha face...