e as que tenho são impermanentes,
como os invernos, os dias de céu de cara amarrada,
os lugares de dor, os abismos todos,
o bom uso das asas, os fios desencapados,
as medidas e as desmedidas.
Tudo passa,
o que queremos
e o que não queremos que passe,
a tristeza e o alívio coabitam no espaço desta certeza.
Eu não tenho muitas respostas.
O que eu tenho é fé.
A lembrança de que as perguntas mudam.
Um modo de acreditar que os tiquinhos de sol
possam sorrir o suficiente para desarmar
a sisudez nublada de alguns céus.
E uma vontade bonita, toda minha, de crescer.”(Armadilhas – Ana Jácomo)
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