"Há um momento em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos antigos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia - e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (PESSOA, Fernando)

"Procuro despir-me do que aprendi. Procuro esquecer do modo de lembrar que me ensinaram. E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos. Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu." (PESSOA, Fernando)

16 de fev. de 2018

Fecha os olhos... o que vês?

O que você vê quando fecha os olhos,
consegue enxergar o que eu vejo?

Os fragmentos de luzes,
consegue sentir...


Desprenda-se das palavras,
deixe as letras tomar seu sentido,
não queira domina-las
Sinta, permita as palavras tomar sua forma livre,
sem controlá-las...

Você consegue ver a luz quando fecha os olhos?
Fragmentos de um diálogo que ouvi em um filme antigo, não lembro o nome, mas o questionamento é vivo e faço a ti que me lê, convido-te caro leitor, deixe tuas impressões, ajude-me nesta construção de luzes e palavras, palavras e luzes...

"E no fechar dos olhos,
fragmentos de luzes soltos ao pensamento,
livres de amarras
simplesmente novos
desvencilhados das regras do povo
mesclado com as cores dos sentimentos
sem contenção
Palavras, junção de tantas letras disformes
que enredam a liberdade de criar
Ou apenas fechar os olhos e sentir
Permitir o leve toque do pensamento
desejo elevado em mim
Sentir a vida em sua plenitude
o som, o cheiro, o toque, as cores, os sabores
De tudo, os diversos sabores...

Solta rédea
quem quiser me acompanhar
caminhar pela vida
ou apenas voar
solta rédea da inocência
do pudor da incoerência
viver a vida
sonhar!"
- Mariane Manske Oechsler - repostagem 12/2010
 

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