Um dia desses, minha vizinha gentilmente me presenteou com uma sacola de peras que ela mesma colheu no quintal de sua casa. Olha só o meu privilégio, ganhar peras, e peras sem agrotóxico!
O destino delas foi virar calda de sobremesa. Depois de cozidas, guardei em vidros de conserva na geladeira. Hoje olhei para a calda e o primeiro pensamento que chegou foi de fazer um pudim de chocolate. Até aí, tudo tranquilo.
O pudim de chocolate ficou pronto e ainda morno evocou um emaranhado de sensações. Lembranças olfativas, visuais e principalmente gustativas de um tempo distante apareceram como se estivessem no presente.
Meus anos iniciais (da primeira até a terceira série) cursei em uma escola de freiras. Colégio Sagrada Família, em Campo Largo estado do Paraná. Tenho algumas memórias, quase que imagens de momentos vividos no colégio. Uma das vivencias agradáveis é o mingau de chocolate servido no lanche.
Quando olhei para o meu pudim morno, sabia que era diferente do mingau do colégio. Mas, as memórias sensoriais vieram tão fortes, como se fosse uma viagem no tempo....
Ah! As peras? Bem, foram elas que me convidaram a fazer o pudim, que por sua vez dispararam memórias de histórias vividas a mais de 40 anos! Desta forma delego às peras a porta mágica desta viagem no tempo!
Obs.: Essa experiência provocou uma reflexão sobre memória afetiva, evocação, sensopercepção, em breve compartilho por aqui, o que justifica a chamada: Tá na rede!
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