"Há um momento em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos antigos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia - e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (PESSOA, Fernando)
"Procuro despir-me do que aprendi. Procuro esquecer do modo de lembrar que me ensinaram. E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos. Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu." (PESSOA, Fernando)
"Procuro despir-me do que aprendi. Procuro esquecer do modo de lembrar que me ensinaram. E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos. Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu." (PESSOA, Fernando)
9 de jan. de 2014
A LEI A SERVIÇO DA MALDADE
“É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher?”(Mc 10.2)
A pergunta não foi motivada por corações sinceros. Os fariseus eram religiosos que se consideravam guardiães do correto cumprimento da Lei de Deus e ds tradições do povo de Israel. Por isso, queriam colocar Jesus à prova.
Jesus estava na Judeia , onde João Batista fora preso e depois morto por condenar o novo casamento do rei Herodes Antipas como Herodias, ex-mulher de seu irmão Filipe. Talvez os fariseus esperassem que Jesus tivesse o mesmo propósito ou quisessem envolve-lo na disputa sobre a interpretação da lei do divórcio (Dt 24.1-3). A lei permitia o divórcio, mas existiam discórdias sobre os motivos válidos para tanto. Havia duas interpretações: a escola do rabino Shamai dizia que o único motivo para o divórcio seria a infidelidade conjugal; a de Hidel, contudo, afirmava que até motivos fúteis podiam servir de justificativa, como queimar a comida na cozinha.
De qualquer forma, Jesus lembra aos fariseus de que a lei existe para amenizar a devastação causada pelo pecado, não é o ideal de Deus para nós. Os judeus fizeram da permissão legal uma justificativa para o divórcio. Se a mulher não fosse exatamente como o marido exigisse, podia ser repudiada e, consequentemente, exposta à vergonha pública. Imagine quanta dor, sentimento de rejeição, mágoa e desprezo elas enfrentavam naquele tempo!
Jesus nos ensina que a questão não é a lei. Não somos filhos da lei, mas da graça. Casamentos não devem ser mantidos só por força da lei, nem rompidos só porque há uma brecha na lei. Ambas as opções são legalistas. Um cristão não deveria se perguntar: “É permitido pela lei?”, mas: “O que o amor me ensina a fazer?”. O amor é o cumprimento da lei (Rm 13.10). Sem amor, até o que é legal é sem valor (ICor 13.1-2).
Sugestão de leitura: Marcos 10.1-5 e Deuteronômio 24.1-3
(Texto extraído do devocionário: Orando em Família, ano 2013, p. 158, escrito por Maria Luiza T. A. de Queiroz)
Imagem Mariane (eu)
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