"Há um momento em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos antigos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia - e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (PESSOA, Fernando)

"Procuro despir-me do que aprendi. Procuro esquecer do modo de lembrar que me ensinaram. E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos. Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu." (PESSOA, Fernando)

23 de ago. de 2011

As cores do Amor



As músicas tenho guardado em outro blog: http://melodiadacor.blogspot.com/ 

Mas o título desta música e sua letra pedem pra ficar aqui em:        AS CORES QUE SOU


15 de ago. de 2011

Τέλος, την περίοδο.





Sonhei em cores, e dividi o arco-íris, agora, pois, acordo e vejo que tudo não passou de ilusão da minha ótica. Não posso dar aquilo que não tenho. As cores não eram minhas, devolvo todas que tomei emprestado.
Escuridão, ausência de Luz
Preto, ausência de cor
Morte, ausência de vida
Ponto final, ausência de continuidade.
Τέλος, την περίοδο.

(Mariane 15.08.2011 - imagem acervo particular)

8 de ago. de 2011

Enfim...


Eu queria fazer morada em seu pensamento
Ser parte do seu dia-a-dia
Viver a espera da consciência no seu sono
E saber a hora do seu despertar
Que queria fazer morada na menina dos seus olhos
E ver as coisas que você vê
Sentir o mundo mais bonito
Existindo dentro de você
Eu queria nascer na sua tristeza
E morrer na sua alegria
Dar de mim o pouco que sou
Perpetuar seu sorriso de menino
E fitar sem relógio
A ternura de teus lábios
Eu queria navegar em suas veias
Sentir a maré deste pulsar
E de repente entrar num vácuo
E conhecer a maravilha da sua alma
Eu queria colocar-me como oferenda
E arrancar de mim meu momento mais feliz
Em seguida seqüestrar de você
Seu instante mais triste
Eu queria, na minha morte
Você sem luto
Cantando uma canção sem despedida...

O tempo passa correndo... encontrei esta poesia de letras quase apagadas em caderno empoeirado de folhas amareladas... escritas em um passado para o que é meu presente..


Este poema  é reclamado por Norberto Ananias (1987), e estava mesclado com minhas escritas, tornando-se parte de mim. Agradeço ao PortalWarez, pela identificação. Transcrevi aqui, exatamente como encontrei neste velho caderno, então, possível modificação dever ter ocorrido na fonte (jornal ou revista), que buscando minhas lembranças, naquela época eu gostava muito de fazer recortes e transcrever...

Eis o original 
(mérito de Ricardo Ananias) 

Eu queria fazer morada em seus pensamentos. Ser parte do seu dia a dia e viver a espera da consciência em seu sono.Saber a hora do seu despertar. Eu queria morar em seus olhos e ver as coisas que você vê. Sentir o mundo mais bonito, existindo dentro de você. Eu queria nascer na sua tristeza e morrer na sua alegria. Dar de mim o pouco que sou, perpetuando-me em seu sorriso. Fitar o seu relógio. Sentir os seus lábios, navegar em suas veias, sentindo as marés nas pulsações. De repente entrar num vácuo e sentir as maravilhas de sua alma. Mas o que eu queria mesmo era ser amado por você, assim me tornaria parte de sua existência e viveria a vida inteira ao seu lado. Eu amo você. 
(Norberto Ananias)