"Há um momento em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos antigos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia - e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (PESSOA, Fernando)

"Procuro despir-me do que aprendi. Procuro esquecer do modo de lembrar que me ensinaram. E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos. Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu." (PESSOA, Fernando)

28 de abr. de 2011

Eros e Morte



Era uma tarde quente e abafada, e Eros, cansado de brincar e derrubado pelo calor, abrigou-se numa caverna fresca e escura.
Era a caverna da própria Morte.
Eros, querendo apenas descansar, jogou-se displicentemente ao chão, tão descuidadamente que todas as suas flechas caíram.
Quando ele acordou percebeu que elas tinham se misturado com as flechas da Morte, que estavam espalhadas no solo da caverna.
Eram tão parecidas que Eros não conseguia distingui-las.
No entanto, ele sabia quantas flechas tinha consigo e ajuntou a quantia certa.
Naturalmente, Eros levou algumas flechas que pertenciam à Morte e deixou algumas das suas.
E é assim que vemos, freqüentemente, os corações dos velhos e dos moribundos, atingidos pelas flechas do Amor, e às vezes, vemos os corações dos jovens capturados pela Morte. 
(Esopo, Grecia Antiga, in; Meltzer, 1984)

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Amigos,  minha ausência se dá pelas atividades exigidas neste último ano de faculdade, peço desculpas e agradeço a compreensão, tão logo que possível, volto a visitá-los com o carinho de sempre.

14 de abr. de 2011

e não percebi...


Quando teu olhar tocou o meu
E teu cheiro soprou em mim
Quando tua alegria resplandeceu em meu sorriso...

Quando tudo isto aconteceu, 
Eu não estava acordada
Estava dormindo e não percebi
Brincava de te amar, e por fim  te amei...
Mariane – acervo juvenil - 
imagem acervo Mariane