"Há um momento em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos antigos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia - e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (PESSOA, Fernando)

"Procuro despir-me do que aprendi. Procuro esquecer do modo de lembrar que me ensinaram. E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos. Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu." (PESSOA, Fernando)

28 de jul. de 2014

Sombra que move


EMBORA ESTEJA SECO
E APARENTEMENTE MORTO
O TRONCO 
AINDA É CAPAZ
DE MOVER-SE
ATRAVÉS DE
SUA SOMBRA!
- Mariane Manske-Oechsler - 
As Cores que Sou

11 de jun. de 2014

Pontos isolados


Em pontos isolados as águas tomam conta. Em pontos isolados, faz estrago apenas na parte, não é reconhecido em seu todo, e portanto, facilmente ignorado. Em vários pontos isolados com o passar do tempo, se unem, e começam a incomodar. Sobem as águas fazendo gelar a canela, trincando os ossos, amordaçando o sentimento. Pontos isolados de dor potencializam o sentimento.
Respingam aqui, outrora acolá pontos que eclodem em águas tomadas. Reconhecida, nomeia-se agora enchente, catástrofe. A falta de manutenção preventiva das vias de escoamento, fecham os bueiros. A falta de cuidado. A boca fechada, garganta dolorida de tanto engolir sem poder vomitar. Refluxo de um fluxo que deveria ser contínuo, bloqueado em sua naturalidade.
Meio intervém no sujeito, sujeito intervém no meio, sem saber ao certo qual a ordem do processo. Sujeito mata o meio que sem vida lhe mata também.
Gotejo ou pancadas de chuva... Que diferença faz, quando as águas já tomaram conta daquilo que acreditava ser precioso? Desapego ou descrença. Para quem está de fora, é fácil nominar, teorizar. Para quem corre, por dentro, navega em tortuosas ondas de mal estar.
Em pontos isolados, tão ignorados, pelo meio ou pelo próprio sujeito? Em vários pontos isolados as dores se potencializam. Foge do controle, e o que era irrelevante, faz estragos rasgando por onde passa.
Pontos isolados do que emergem por dentro, unidos a outros pontos ignorados formam-se mais do que um rio caldoso... Uma tempestade em copo d’água que afoga.
- MariAne – junho/2014 -



5 de jun. de 2014

Zumbi



"Já vivi como zumbi:
é uma ótima forma 
de morrer por dentro".
- MariAne -

Meus fragmentos

Há dias qua amanheço sorrindo

sem motivo

outros deságua...
- MariAne -



‎"...e com o pés desnudo sinto calcar novos horizontes...
Já lidei com muitos dos meus medos... ainda falta tantos outros...
Quando embarcamos na viajem interior temos o poder de escolher e traçar os caminhamos que vamos seguir... o que assusta é desbravar ..."

- MariAne -

Apresentação única



Para quem ler:
Tempo esse atemporal em si mesmo... passa ou nós passamos por ele?
Tempo detenho, resenho minha vida, num passo de apresentação única.
Tempo temo ou tenho? Como saber se não vivê-lo.
O tic tac do relógio lhe é escravo, mas jamais seu dono.
Rasga a escuridao com o faixo de luz, absorvo!
Contelação de segundos que componho, muda dentro de mim.
Triste?
Não, apenas reflexão,
 pois em sobrevida estarei em minhas letras, 
nas palavras deitadas nestas linhas tortas, 
que o vento teima e soprar até você.
- MariAne 03/2012 -

Seco



"[...] na calada 
da noite 
encontro 
teu grito 
seco."
- Mariane 03/2013 -

Sombra


Acaso há penalidade imposta
 para quem estrangula 
a própria sombra? 
Crime premeditado!
- Mariane -

Impulsiona



A paixão que impulsiona
por vezes nos cega do real,
e quando real se torna
aceitando-a como tal
é amor que forma
não há nada igual.

- Mariane - 

Resigno-me

Do meu refúgio outrora conhecido como seguro, ousei sair.
Conheci pessoas maravilhosas.
E conhecendo um pouco mais a mim, tirei culpas e julgamentos que não eram meus, mas que eu teimava em carregar, pois foi assim que aprendi.
Esta liberdade me possibilitou acreditar, e aprendi a olhar as cores.
Estas vieram a ser minha base, meu alicerce na escrita.
Permiti-me aceitar as diversas nuances, ora opacas noutro momento vibrantes.
E assim vim me conhecendo, me redescobrindo.
Mas ainda não estou forte suficiente, pois há um pedaço de mim que nem mesmo a terapia “teve o seu tempo” de me fortalecer. Vulnerável sou, e mesmo aparentando forte, quando esta ferida é tocada, meu chão se esvai, que me lembra tal areia movediça, sufocante.... e em meu desespero de não sucumbir a este poço sem fim, agarro em quem está mais próximo de mim. Mas, assim como a técnica nos ensina, se for socorrer alguém que está se afogando, deves cuidar para não afundar junto... acho que no meu desespero acabo afogando e machucando justamente quem eu mais confio.
Não sei se há cor nomeada para este sentimento.
Tenho vontade de me machucar para compensar a dor que causo.
E fico tão perdida que o mínimo movimento que faço, respinga lágrima escarlate.
Sou estabanada, tentando ser gente.
Se te machuquei, o que faço até mesmo sem saber, resigno-me.
Eis o que me cala no momento.
(Apenas uma Mariane e nada mais - 28.11.2013)

questão de tempo


Passou pelo teu pensamento.... 
o sonho já existe,
agora é só uma questão de tempo
e de escolha
para traze-lo a realidade...
Mariane - nov/2013

pingando

Para não sofrer tanto assim
vou apagar meus sonhos
e esconder qualquer esperança.

Se o amor resistir... 
um dia nos cruzaremos por aí.
um dia, quando nem você nem eu 
não precisarmos mais nos esconder em máscaras
Um dia em que não fique tão perigoso para você 
olhar para mim como parceira e não como tua concorrente.
Um dia...
ou não.

Guardarei as boas lembranças
como se fossem um sonho
Levarei para meu mundo da fantasia
para não acreditar que alguns momentos 

você soube ser o meu amor real.
Guardarei sempre comigo
em cada lágrima
que queima ao rolar a face.

Mas, agora
sinta-se livre.
Não precisa mais te policiar
Não vou mais olhar teus comportamentos suspeitos
Você é livre para viver, jogar, falar e agir como achar melhor...

Não sou nada, não tenho e nunca tive o direito de
querer você para mim do jeito que sonhei.

.... apesar da dor que sinto agora.... 

Te agradeço por deixar eu
viver um pouquinho o que eu "sonhava".

A família constituída...
Obrigada pela paciência

que foi possível...
dezembro - 2014

invisivel


Eu amo... e como amo
Você que viu sobre 
a minha invisibilidade...
É para ti que existo...
que respiro
Obrigada por existir em minha vida!
E me fazer visível!!
- Mariane -

cartas


"Acho que vou começar a escrever cartas... 
e soprá-las ao vento... 
talvez elas te encontrem na curva da esquina..."
Mariane 

venci


Ser feliz não é ter uma vida perfeita, ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios e perdas. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história, ser feliz é uma conquista e não obra do acaso, lute diante das coisas mais difíceis de sua vida com amor e sabedoria, para que um dia possa olhar para trás e dizer: foi difícil, mas eu venci! 
Mariane agosto/2013

latente

A saudade bate forte... chamando a atenção
A vontade latente, faz vibrar o coração...

Tua face apagou-se
no instante seguinte
carregas no corpo
fardo louco
de um mundo em sufoco
deixa de ti um pouco
para mim...

Mariane
(encontrado nos cadernos de folhas amareladas pelo tempo)

sussurra


“Deus sussurra em nossos ouvidos 
por meio de nosso prazer, 
fala-nos mediante nossa consciência, 
mas clama em alta voz 

por intermédio de nossa dor; 
este é seu megafone
para despertar o homem surdo.”

―C. S. Lewi

palavras finais

FOI POR AMOR....
FOI POR TANTO DESEJAR QUE  PERDI
FOI POR SAUDADES QUE ENLOUQUECI
FOI POR AMAR DEMAIS QUE ENLOUQUECI
POR SER INTENSA DEMAIS EM MINHAS FASES 
MAGOEI.... 
AGORA É TARDE.... FOI
NÃO SEI AMAR APENAS PARTE
PRECISO INTEIRO
PINTEI UMA TELA E O MEU IDEALIZADO SE ENCAIXOU PERFEITAMENTE NELA
COMO UM SONHO MOSTRAR-SE REAL
....
TALVEZ  CIÚMES, NÃO SEI
ACREDITEI QUE TERIAS PACIÊNCIA
PARA EU SUPERAR MINHA CRISE
PASSEI PELA LUTA MAIS ÁRDUA DA MINHA VIDA
CONFRONTAR COM  TODO MEU  PASSADO DOLORIDO,
SEM CULPAR, APENAS RECONHECER O QUANTO ME MACHUCOU....

PORQUE PRECISO CURAR MINHAS FERIDAS
O QUE ERROU RECONHECEU O ERRO, 

MAS NÃO CONSEGUE SER DIFERENTE.
TAL QUAL FERIDA, ENQUANTO ESTIVER INFLAMADA INTERNAMENTE, 
VAI FICAR LÁ PULSANDO...

ESTA TEM SIDO UMA LUTA POR DENTRO E POR FORA, 

UM CONFRONTO DA METADE DA MINHA VIDA, 
TOMANDO O CUIDADO PARA NÃO MACHUCAR, 
MAS PRECISANDO DIZER O QUE SINTO.
E SÓ FOI POSSÍVEL,

PORQUE AGORA ACREDITO EM MINHA AUTONOMIA.
JÁ NÃO HÁ MAIS OS PEQUENOS A ME DEPENDER

FOI QUANDO CONSEGUI ME VER SEM CULPA DE DEIXAR A FAMÍLIA, 

E QUE É MAIS SAUDÁVEL PARA MIM, VIVER SOZINHA, 
DO QUE ME SUBMETER A CONSTANTE DOMINÂNCIA... 
QUE PUDE ACREDITAR QUE POSSO TER UMA VIDA APÓS ESTE CONTRATO.
[...]
CONVERSAMOS. PEDIU MAIS UM PRAZO. ACREDITO QUE NÃO FAZ POR MAL, MAS SUA PERSONALIDADE  É CENTRADA EM SI. 

PODE ATE MUDAR POR UNS TEMPOS, MAS LOGO VAI ESTOURAR NOVAMENTE.
COMBINAMOS UM TEMPO - ANIVERSARIO DE CASAMENTO.


VERBALIZEI QUE NÃO ACREDITO QUE POSSA MUDAR VERDADEIRAMENTE. E QUE  NÃO PODE DAR O AMOR QUE EU PRECISO, MAS AINDA ASSIM SEREI PACIENTE... PELAS CRIANÇAS...

ESTOU ARRUMANDO A MINHA VIDA, POR ISTO TANTO CONFLITO

MESMO SABENDO QUE EU AINDA PODEREI SURTAR... APENAS SEI QUE DO JEITO QUE EU VIVIA EU NÃO QUERO VIVER MAIS. O GRANDE PROBLEMA, É QUE ESTA DOR NÃO É VISÍVEL. ASSIM SENDO, ASSUMO TODA A RESPONSABILIDADE DE NÃO DAR VALOR PARA A VIDA MARAVILHOSA QUE TENHO! (SOB OLHAR DE FORA)

NÃO SOU FRESCA, NEM DONDOCA. SEI TRABALHAR, POSSO ME VIRAR, MAS PARA FAZER ISTO, NÃO POSSO ESPERAR MAIS MUITO TEMPO, ESTOU ENVELHECENDO E FICANDO FRACA. 


DESEJO UM CONTATO QUE POSSA FICAR MAIS COISAS BOAS E NÃO TER A DOR COMO FIGURA CONSTANTE.

SONHO COM UM JEITO DE ME OLHAR, DE FALAR COMIGO... SONHO E DESEJO CUMPLICIDADE
ALMEJO BEIJOS DE UMA LOUCA BOCA APAIXONADA. DE ENTREGA VERDADEIRA. DE SOMA E NÃO COMPETIÇÃO.


NÃO TENHO MAIS FORÇAS PARA SUPORTAR A FALTA DE JEITO DE LIDAR COM SUA FORMA DE DEFESA.... COMO ME DISSE: EU TINHA QUE ME DEFENDER E SÓ VI ESTA POSSIBILIDADE -  ATACAR-ME COM PALAVRAS E SENTIMENTOS. DEPOIS RECONHECE E PEDE PERDÃO... MAS AGORA EU NÃO CONSIGO MAIS TECER ESPERANÇA ALGUMA.

NÃO PROCURO NINGUÉM, POIS O QUE DESENHEI NÃO EXISTE FORA DA MINHA IMAGINAÇÃO. DESTA FORMA, HEI DE VIVER SOZINHA PARA PODER SER QUEM SOU: MOLECA, MULHER, ALEGRE... E SURTAR.... MULHER DE FASES. COMO LI NUM POEMA UM DIA. VIVENDO  INTERPLANETARIAMENTE.


Cartas de Antonela Vancelotti (27/01/1914)

Ao vento

Divagações
Apesar de  ser considerada adulta, ainda tenho muito a aprender nesta vida.
Aprendi pelos olhos de uma criança que brincar não é tarefa fácil, é um treino para fugir dos adestramentos sociais que generalizam o “todo” em favor de uns poucos. E assim, o rótulo de teimosia fica a mercê de que tem poder de decisão.
Aprendi que quando uma pessoa lhe cumprimenta e educadamente lhe pergunta “Como está? Tudo bem?”, na verdade não está interessado em teus sentimentos, é mera convenção social sem significado próprio, e que, portanto, educadamente, exige uma resposta positiva, mesmo não sendo verdadeira. Aqui a “Boa Educação” tem mais valor do que a sinceridade.

Aprendi que o dor interna não é bem vista e socialmente te exigem de ignorá-la por isto reflito: Quando o Criador deu vida à mulher cometeu um grande erro. Esqueceu-se de colocar os botões de controle de sentimento. Seria bem mais fácil viver, apertaria um botão ESQUECE, outro botão AME. Assim como não há botões... Aprendi na pele: OBEDEÇA, IGNORE TEUS SENTIMENTOS, ENGOLE O CHORO. Se para não magoar as pessoas, preciso AMAR, ESQUECER, IGNORAR, volto a ser um boneco manipulável como em minha infância e até pouco tempo. Mas parece que dói menos. A minha dor pode ser esquecida, o que não posso é causar dor aos outros. Afinal já conheço este papel: esquecer-me. Preciso acrescentar mais uma habilidade... Infelizmente aprendi ENXERGAR, preciso voltar a ser CEGA para o que vejo e o que sinto. Isto tornaria a vida mais leve... Andando feito uma boneca de cera (intacta por fora, expressando uma felicidade plástica porque o sentimento real não pode ser manifesto) e sendo boneca de cera, a vida por dentro precisa ficar contida. 

Não é o que acredito... mas às vezes fica difícil lutar pelo que acredito, e em pequenos momentos de fragilidade... eu cedo... até me reerguer novamente.

(em 05.06.2014)

17 de abr. de 2014

Relacionamento interpesssoal: Eu e meus pares


 

Oficina ministrada para trabalhadores de empresa corporativa.

Tema:  Relacionamento Interpessoal: Eu e meus pares.

Palestrante: Psicóloga Mariane Manske Oechsler

Quando:  17/04/2014

 

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11 de jan. de 2014

Cartas de Antonela Vancellote II

Por hoje apenas


Lembro de nossas juvenis juras de amor, numa tentativa de mensurar a magnitude deste sentimento, desafiando a criatividade um do outro. Posso dizer-te que nem de perto, naqueles anos dourados, pudemos chegar ao que hoje sentimos um pelo outro. É verdadeiro e puro; vai muito além da paixão, esta sim, por vezes sinto falta. Este amor, construído e constituído abastece e nos move a continuar galgando os obstáculos que doravante nos desafiam. Sinto e sei o quanto me amas, e a recíproca é verdadeira. Acolheste-me no desamparo, permitindo aconchegar-me em teu peito, meu refúgio de tantas lágrimas furtivas. O que tenho, o que sou, fazes tu parte desta composição. E por te amar tanto assim, envolvo-te em um manto de proteção; não admito, não suporto magoar-te. E por ser difícil expressar o que se passa comigo, sem arriscar ferir-te; reprimo e absorvo meu sentimento mesquinho. Sei que também assim não sou justa contigo, mas simplesmente asfixia-me o momento que cogito a possibilidade de derramar-me diante de ti. São resíduos de outrora cuja minha indelicadeza não fora construtiva, mágoas e dores das quais fujo desesperadamente, me calam.



Como dizer-te que me sinto sufocada e fragilizada. Que minha reserva de energia esvai-se nos teus rompantes de descontrole. Que necessito de teu apoio. Que me falta o teu olhar; não apenas olhar desejante, mas olhar de admiração, de cortejo. Desculpe, mas o cortejo há muito não existe. Sou pura emoção, sou simples e frágil; não te peço senão ser amada e desejada pelo que sou, e não pelo que proporciono a ti. Desta forma, atendendo as tuas faltas, não percebes, mas me mantêm sob teu domínio. Podas minha possibilidade de voar, e delimitas o raio de liberdade. Sinto que minha vida, não me pertence, tu a monitoras como a quem não podes perder o domínio. E nesta rédea, sufoco. Mas por amor indecifrável, mascaro todo sentimento. Olho em volta e contemplo a beleza que me cerca. Iludo-me com pensamentos dispersos, que afastam do meu objetivo maior:  falar contigo com firmeza e ternura; expressar a dor que causa em mim, toda vez que me sinto propriedade tua. Não ouso viver longe de ti, mas perto, apenas sobrevivo. Empenho em satisfazer tuas necessidades, teus anseios, e isto tu o sabes muito bem. Abasteço-te, e abastecendo me esvazio. Esvazio de mim, por ti. Não consegues compreender minhas necessidades. Falo-te, mas não me ouves; mostro-te, mas estais cego. Não sentes após a nossa intimidade, as lágrimas que rolam na face, nem a dor que comprime meu peito. Estais satisfeito, relaxado aprazerado. E eu, ao lado lutando por não ter sido vista. Vês em mim  teu complemento, e não a minha integralidade... Se pudesse dizer tudo isto, se ao menos tu pudesse ter conhecimento destas palavras... São elas o escape de minhas angústias, meu deslize.

Abraços de quem não foi lida,
Antonela
1871
Texto elaborado por Mariane - tintadotinteiro. 
Se gostou compartilhe, mas preserve a autoria.

Cartas de Antonela Vancellote - I


E caminhando nas pedras verteram palavras a ela. 
Confusa sem saber ao certo o conteúdo de tanta dor, 
pôs-se a desenhar na areia as palavras do coração

Expresso:

Sinto falta do teu olhar sobre mim
um olhar que fala tudo.
Sinto falta da cumplicidade
aquela que nos aproxima nas situações difíceis da vida.
Sinto falta da tua mão estendida
nos momentos em que tropeço.
Sinto, sinto falta
do teu abraço que me acolhe e conforta quando estou em conflito.
Não te peço soluções, apenas apoio e segurança!
Sinto falta da conversa
que fala de tudo ao mesmo tempo.
E  na verdade, não é o conteúdo da fala,
mas sim a valorização do momento.
Sinto falta de conversar sério
e num segundo permitir o rompante de uma gargalhada.
Sinto falta da troca
partilha do que é simples e corriqueiro
tal qual uma música que envolve,
ou um desejo desperto.
Sinto falta de ouvir as coisas que são tuas.
Sinto falta de poder lhe contar os meus sonhos absurdos
e ouvir também os sonhos teus.
Sinto falta de sonhar juntos
tal qual caminhar em nuvens de algodão.
Sinto falta do riso que brota sem motivo algum.
Sinto falta de poder ser eu mesma
menina moleca que faz estrelinha na areia da praia
e ao mesmo tempo sentir-me mulher desejada.
Sinto falta de te surpreender
sabendo ser sincera a tua admiração.
Sinto falta de surpreendida por você.
Sinto falta de cozinhar contigo
e experimentar receitas novas
que terminam com farinha por todo lado.
Sinto falta de tocar você com ternura
porque tantas vezes o teu perto, era distante demais para mim.
Sinto falta de tuas mãos deslizando em meu corpo
com  firmeza e ternura propiciando o prazer a dois.
Sinto falta daquele que conheci
e a mim se mostrou apaixonado.
Sinto falta de elogio, bajulação,
fazendo-me sentir a pessoa mais importante para você.
Sinto falta de construir contigo.
Jogar um jogo em que não há perdedor
que a disputa seja apenas galanteio de provocações
e não diminuição de mim.
Sinto falta do teu cortejo  e sedução.
Sinto falta de ter para quem mostrar as minhas produções,
e receber  opinião  crítica.... construtiva.
Que teu ciúme não me sufoque nem me diminua,
mas lhe motive a me amar ainda mais.
Que minhas conquistas não lhe incomodem,
pelo contrário, te deixem orgulhoso.
Que no calor de uma discussão saibas respeitar meu espaço
E se rolar uma briga...
que esta termine com os corpos rolados ao chão extasiados de amor.
Sinto falta de poder te amar completo,
pois em fragmentos deixou meus sonhos.
Sinto falta de você, tão perto mas distante ao mesmo tempo!
Pela  última vez te peço: Conquista-me...
Não é ouro nem prata
basta-me o tesouro da tua atenção.
Permita que eu confie em ti novamente...

Abraços de quem não foi lida,
Antonela
1871
Texto elaborado por Mariane - tintadotinteiro - em jan/2014.
Se gostou compartilhe, mas preserve a autoria.

9 de jan. de 2014

O Amor de Deus por Nós



Sugestão de leitura: João 8. 1-11
“Ninguém, Senhor”, disse ela. Declarou Jesus: “Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado”.
Aprendemos com os discípulos de Jesus sobre quem era o maior. Grande é quem olha uma criança e a acolhe; quem recebe Jesus e aquele que o enviou. Finalizando ressaltando mais um aspecto do ensino. A sala de aula foi outra, mas certamente o que vamos aprender aqui fecha questões anteriores: O MAIS IMPORTANTE É O AMOR DE DEUS POR NÓS.
A aula de hoje uma mulher pega em adultério. A lei mandava que fosse apedrejada. Era por aí que os judeus queriam pegar Jesus. Já que ele perdoava a tantos pecadores, como iria agir com aquela mulher? Condená-la? Se fizesse o contrário, estaria indo contra a Lei de Moisés.
O Mestre nos dá mais uma de suas maravilhosas lições de amor, de humildade, de perdão. Os homens que trouxeram a mulher estavam muito certos da sua condenação. Nem ela, nem Jesus lhes escapariam. Só não contavam com o perdão de Deus, nem com a soberba que enchia seus corações.
Jesus os deixou sem saída ao perguntar quem era puro, sem pecado. Nenhum deles o era. Por isso foram embora, um a um.
Quando estavam sós, Jesus perdoou a mulher. Ele perdoou com autoridade divina, mas não com graça barata! Ele recomendou a ela: “Vá e abandone sua vida de pecado!”- ela fora exposta no seu pecado. O Mestre não bagateliza o erro dela. Houve o pecado, sim, mas houve o perdão! Também deveria haver o arrependimento para a santificação. As palavras de Jesus trazem alívio para a mulher, mas também cobram obediência dela. Assim, aprenda com essa mulher: se a sua vida está cheia de pecados é hora de mudar. Permita que Jesus trate você!
(Texto extraído do devocionário: Orando em Família, ano 2013, p. 156, escrito por Maria Luiza T. A. de Queiroz)
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CHAMADO PARA FAZER A DIFERENÇA NO CASAMENTO



Leitura sugerida: Marcos 10.1-12
Respondeu Jesus: “Moisés escreveu a lei por causa da dureza de coração de vocês”.

Estamos meditando em nosso chamado para fazer a diferença neste mundo. [...] o foco será a responsabilidade na relação conjugal, na construção da família, no casamento.
O mundo está passando por mudanças radicais num curto espaço de tempo. A moral, que servia de esteio para a vida dos nossos avós, praticamente não tem mais lugar na dos jovens de hoje. Os alicerces cristãos, que estavam presentes na cultura do nosso país, estão sendo rapidamente substituídos. Vivemos hoje num mundo pós-cristão. Nesse novo contexto, o casamento é desprezado, o divórcio é banalizado. O adultério tornou-se uma praga, da qual, poucas casas escapam. Famílias esfaceladas geram filhos inseguros, com dificuldades emocionais, suscetíveis às drogas, com crises de identidade.
Eis a urgência do nosso chamado como cristãos!
A radicalidade com que Jesus tratou o tema do divórcio certamente é chocante para a nossa geração. Até mesmo os seus discípulos de então ficaram perplexos.
Vamos deixar Jesus confrontar a dureza do nosso coração. Segundo ele, essa é a causa dos nossos casamentos fracassados. Como cristãos, sempre falamos de grandes temas como o amor, o perdão e a paz, mas é na relação conjugal, na família, que todos esses conceitos precisam ser exercidos em primeiro lugar. Se, em nossas casas, não somos capazes de praticar o evangelho, nossa espiritualidade ainda é apenas superficialidade religiosa. “Senhor, tu me sondas e me conheces. Dá-me honestidade para confrontar meu coração com tua Palavra”.
(Texto extraído do devocionário: Orando em Família, ano 2013, p. 157, escrito por Maria Luiza T. A. de Queiroz)
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A LEI A SERVIÇO DA MALDADE



“É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher?”(Mc 10.2)

A pergunta não foi motivada por corações sinceros. Os fariseus eram religiosos que se consideravam guardiães do correto cumprimento da Lei de Deus e ds tradições do povo de Israel. Por isso, queriam colocar Jesus à prova.
Jesus estava na Judeia , onde João Batista fora preso e depois morto por condenar o novo casamento do rei Herodes Antipas como Herodias, ex-mulher de seu irmão Filipe. Talvez os fariseus esperassem que Jesus tivesse o mesmo propósito ou quisessem envolve-lo na disputa sobre a interpretação da lei do divórcio (Dt 24.1-3). A lei permitia o divórcio, mas existiam discórdias sobre os motivos válidos para tanto. Havia duas interpretações: a escola do rabino Shamai dizia que o único motivo para o divórcio seria a infidelidade conjugal; a de Hidel, contudo, afirmava que até motivos fúteis podiam servir de justificativa, como queimar a comida na cozinha.
De qualquer forma, Jesus lembra aos fariseus de que a lei existe para amenizar a devastação causada pelo pecado, não é o ideal de Deus para nós. Os judeus fizeram da permissão legal uma justificativa para o divórcio. Se a mulher não fosse exatamente como o marido exigisse, podia ser repudiada e, consequentemente, exposta à vergonha pública. Imagine quanta dor, sentimento de rejeição, mágoa e desprezo elas enfrentavam naquele tempo!
Jesus nos ensina que a questão não é a lei. Não somos filhos da lei, mas da graça. Casamentos não devem ser mantidos só por força da lei, nem rompidos só porque há uma brecha na lei. Ambas as opções são legalistas. Um cristão não deveria se perguntar: “É permitido pela lei?”, mas: “O que o amor me ensina a fazer?”. O amor é o cumprimento da lei (Rm 13.10). Sem amor, até o que é legal é sem valor (ICor 13.1-2).

Sugestão de leitura: Marcos 10.1-5 e Deuteronômio 24.1-3
(Texto extraído do devocionário: Orando em Família, ano 2013, p. 158, escrito por Maria Luiza T. A. de Queiroz)
Imagem Mariane (eu)

NÃO DOIS, MAS UM


NÃO DOIS, MAS UM
“Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne” (Mc 10.8b).

Tornar-se uma só carne é ato e processo. É um ato estabelecido mediante um compromisso conjugal (o rito do casamento) e selado pela união física (o sexo). É processo na medida em que o compromisso se solidifica para além das promessas verbais, e a união do casal transcende o âmbito físico. Sem o contínuo processo deamadurecimento na arte de tornar-se uma só carne, o ato pode tornar-se vazio e sem sentido. Sem o compromisso estabelecido no ato, o processo fica como um rio sem margens e dissolve-se diante das crises que o acompanham.
Dizendo de outro modo, casamento precisa ser construído sobre um compromisso de amor. Homem e Mulher decidem amar-se e estabelecer um pacto, uma aliança entre si. A vida provará, sem piedade, a firmeza da promessa feita no casamento. Surgirão fases em que o amor terá que ser sustentado pelo compromisso, pela decisão. Os sentimentos vacilarão, ficarão confusos, e a paixão poderá sumir. Então a força do compromisso assumido servirá de sustentáculo para atravessar a crise e descobrir que há bonança depois da tempestade.
Tornar-se uma só carne não significa uma despersonalização, uma anulação de um dos cônjuges ou dos dois. Significa uma complementariedade dinâmica, na qual cada um desempenha seu papel e exerce sua identidade de forma conjugada com o outro. É como numa orquestra, em que vários instrumentos tocam ao mesmo tempo, mas produzem uma só música. Ou como um time de futebol em que os jogadores precisam pensar no conjunto, não em si, e buscar entrosamento para armar as jogadas. Não há lugar para o egoísmo.

Sugestão de leitura: Marcos 10.5-9 e Malaquias 2.13-16
(Texto extraído do devocionário: Orando em Família, ano 2013, p. 159, escrito por Maria Luiza T. A. de Queiroz)
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UM TESTEMUNHO DE VIDA


UM TESTEMUNHO DE VIDA
“Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe.” (Mc 10.9)

No evangelho de Marcos não aparece nenhum motivo que justifique o divórcio. No Evangelho de Mateus, porém, Jesus admite a “imoralidade sexual”(v.9) como uma exceção à regra. Assim orienta o mandamento de Jesus, mas o que você seria capaz de fazer movido pelo amor e pela graça de Deus?
Um jovem casal de agrônomos – Fabiano e Anileda – chegou a Chapadão do Céu/GO, em 2003. Por convite do chefe, vieram conhecer a igreja. Gostaram e ficaram. Anileda engravidou, o que trouxe ao casal ainda mais necessidade de ajustes a um casamento que já tinha suas dificuldades. A casa já não era um lar, um lugar de refúgio, de sossego. Surge, então, na vida de Fabiano, alguém disposta a prover carinho e paixão. Viveu um caso, um romance extraconjugal.
Depois do nascimento do filho, ele não suportou mais viver mentindo. Confessou seu pecado. Confessou também que não sabia o que fazer, pois estava envolvido emocionalmente com a outra mulher. Anileda tinha todo o direito de divorciar-se, conforme o mandamento, mas o que a moveria a fazer isto? A ira, a dor e a mágoa, certamente.
Surpreendendo a todos, depois de muito chorar e orar, ela decidiu lutar pelo casamento. Em meio a muita dor, perdoou Fabiano e disse que o queria ao seu lado e ao lado de seu filho. A decisão dela o atingiu em cheio, veio a remover a confusão sentimental na qual se envolvera e o trouxe de volta. Fabiano se perguntava, perplexo: “Que amor é esse?”. E assim veio também a compreender a graça de Deus e a recebê-la.
Hoje eles são conselheiros de casais e coordenadores de um ministério voltado à família. Eles entenderam o que faz um casamento funcionar, o eu cada um precisa fazer para que o outro seja feliz, qual é a fonte do amor.

Sugestão de leitura: Marcos 10.10-12 e Mateus 19.1-12
(Texto extraído do devocionário: Orando em Família, ano 2013, p. 160, escrito por Maria Luiza T. A. de Queiroz)
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LEGALISMO E HIPOCRISIA

LEGALISMO E HIPOCRISIA
“Quando estava em casa novamente, os discípulos interrogaram Jesus sobre o mesmo assunto” (Mc 10.10).

A radicalidade de Jesus não escandalizou só os religiosos judeus, mas aos próprios discípulos: “Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar”. Jesus concordou que “nem todos têm condições de aceitar esta palavra, somente aqueles a quem isso é dado”(Mt19.10s).
Deve-se tomar muito cuidado com o modo como aplicamos essa palavra de Jesus. Se, por um lado, os judeus usavam a Lei de Moisés para banalizar o divórcio, por outro lado, a igreja usou este mandamento de Jesus para manter casamentos a qualquer custo. E todo legalismo gera morte e não vida.
Quem tem condições de aceitar e viver esse mandamento de Jesus? Somente que teve sua vida inundada pelo amor e pela graça de Deus. Sendo assim, quem foi atingido pelo amor de Deus na sua vida, torna-se capaz até de ultrapassar o padrão exigido pelo mandamento. Ou seja, mesmo tendo o direito de separar-se, o amor supera a dor, as diferenças, os ressentimentos, restaurando a relação pro meio do perdão e do arrependimento. É isso que Jesus espera de seus discípulos nas crises conjugais. No entanto, essa mesma restauração é possível? Todos estão aptos para isso?
Teria Jesus ordenado que a mulher espancada pelo marido sofra “até que a morte os separe?” Que duas pessoas que se odeiam sejam obrigadas a viver juntas? O que será pior: um casamento de fachada ou um divórcio responsável? Deus não deseja nem um nem outro, certamente, mas ele “nos chamou para vivermos em paz”(ICor 7.15b). Impor as palavras de Jesus de modo legalista sobre os outros fez muita gente sofrer terrivelmente. Nessa hora, a igreja não está vivendo o ideal de Deus, mas apenas finge estar. E isso é pura hipocrisia!

Sugestão de leitura: Marcos 10.10-12 e I Coríntios 7.10-16
(Texto extraído do devocionário: Orando em Família, ano 2013, p. 161, escrito por Maria Luiza T. A. de Queiroz)
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NOVO CASAMENTO E ADULTÉRIO


NOVO CASAMENTO E ADULTÉRIO

“Todo aquele que se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério contra ela. “(Mc 10.11)

Todo casamento passa por desgastes. Esquecemo-nos de alimentar a chama do amor. A vida agitada e estressante, focada no sucesso profissional, rouba-nos o tempo que deveria ser dedicado ao cônjuge. Se o casal não desenvolver hábitos intencionais para construir e aprofundar sua relação, ela naturalmente esfriará.
E quando a relação esfria, as pessoas se frustram. As esposas se sentem enganadas, pois o marido não é mais aquele homem atencioso, dedicado e sempre disposto a estar com ela. Os homens se chateiam, porque a esposa não tem mais os mesmos beijos apaixonados, nem admiração, nem respeito.
Nessa hora, invariavelmente “a grama do vizinho sempre parece mais verde”. O adultério inicia na mente, por meio da idealização de uma relação com outra pessoa, algo não concretizado no casamento. À medida que os conflitos pioram, os sonhos ilusórios de outra relação perfeita crescem. Alguns, ainda casados, caem nas vias de fato do adultério. Outros se separam para poder viver o que idealizaram.
Creio que é por isso que Jesus associou tão fortemente o novo casamento ao adultério. Não acho que ele desejava decretar uma vida de solidão a quem não teve outra alternativa a não ser separar-se. Antes, ele demonstrou que o que leva as pessoas ao divórcio, geralmente, é a desistência do casamento aliada à ilusão de que tudo se resolverá com outra pessoa.
Como cristãos, o divórcio deve ser cogitado apenas se for “o mal menor”, quer dizer, quando permanecer casado é mais desastroso do que divorciar-se. Nesse caso, até para divorciar-se a motivação tem que ser o amor de Deus. Senão é adultério!


Sugestão de leitura: Marcos 10.10-12 e Efésios 5.22-33
(Texto extraído do devocionário: Orando em Família, ano 2013, p. 162, escrito por Maria Luiza T. A. de Queiroz).

Não desista, invista


NÃO DESISTA, INVISTA!

“Sim, coisas grandiosas fez o SENHOR por nós, por isso estamos alegres”. (Salmo 126.3)

A graça e o amor de Deus nos levam mais longe em nossos casamentos. Quando compreendemos que fomos perdoados imerecidamente por Deus, por meio do sacrifício voluntário de Jesus na cruz, tornamo-nos aptos a também perdoar, humildes para pedir perdão, mansos diante das fraquezas do outro, pacientes com seus erros repetitivos, conscientes de nossos próprios defeitos.
A cruz de Jesus nos ensina que amor não é um turbilhão de sentimentos arrebatadores. Amor é como uma casa. A paixão é apenas o projeto, o ideal, o alvo, mas é preciso lançar alicerces, erguer paredes, colocar telhado. E tudo isso exige muito esforço emocional, ajustes comportamentais, planejamento familiar. É preciso investimento, tempo e habilidade.
A oscilação dos sentimentos não significa que o amor tenha se apagado. Ele precisa voltar a ser alimentado. As mágoas precisam ser tratadas. O perdão precisa acontecer. A partir daí, atitudes práticas, como o tempo juntos, precisam ser combinadas. As palavras carinhosas precisam reaparecer. As velhas atitudes ofensivas precisam cessar. E o amor ressurge!


Sugestão de leitura: Salmo 126
(Texto extraído do devocionário: Orando em Família, ano 2013, p. 163, escrito por Daniel Schorn)
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