"Há um momento em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos antigos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia - e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (PESSOA, Fernando)

"Procuro despir-me do que aprendi. Procuro esquecer do modo de lembrar que me ensinaram. E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos. Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu." (PESSOA, Fernando)

19 de jun. de 2010

AMOR DISTANTE



"Mais uma vez o sol se põe frente aos olhos da menina

E mais uma vez ela sente na pele a brisa fina,

Como sentiu as mãos fortes de seu homem um dia tocá-la

E outra vez os olhos da menina se enchem de chuva

E derramam saudades,

Saudades de um amor distante como o sol

Mas que ela sente como o vento

Que passa lento como o tempo..."


Escrita de uma adolescente no corpo de mulher, que hoje se reescreve com novos significados por uma mulher no espirito de uma adolescente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Perfeito, Mariane. Amor distante não deixa de ser real...

E vamos nós, mulher e adolescente, aprendendo a viver.

Mariane disse...

Nem toda distância é física, Renata.
A idealização utópica o distancia, felizmente a realidade o aproxima. Parece confuso, mas fez parte de um processo terapeutico.
Sim, mulher de tantas fases, vivendo e aprendendo com todas elas.
Agradeço tua presença e teu carinho

Beijos