Preciso despir-me do que aprendi. Desencaixotar minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu! Uma aprendizagem de desaprendizagem... (CAEIRO, A.)Caiu nos meus braços esta frase... mais profunda que as raízes desta árvore.
Quando chega o tempo certo, deixa despir-se de suas folhas
Sêca, galhos desnudos, sujeita ao vento
submissa a tudo
enterra suas raízes no mais profundo
seivando-lhe escuro
humilde, desgarra-se de seu passado,
e esperançosa enreda-se ao futuro
novos galhos, novas folhas, novos frutos
novas aves, novos ninhos, novos amores...
Não sou árvore frondosa, cujo tronco rígido não oscila movimento
Sou mais para bambu que cede ao vento
Mas aprendo que é necessário despir-me das folhas que aprendi
e desencaixotar as cores que quero ser
nas emoções que não vou mais conter
Me desembrulhar, desfolhar, despojar
Aprender o desaprender do aprendizado diário
Sem prender, compreender o ser
4 comentários:
E como é difícil livramos-nos de alguns conceitos...pre-conceitos, nossos! Belo texto.
Bem-vinda ao Significantes.
Seguindo-te!
E tornamos-nos tanto mais leve quando nos desvestimos destes conceitos pre concebidos...
Entra nesta casa e fica a vontade Ana, enquanto repinto minhas paredes com As cores que sou.
Gostei muito do teu Significantes
OI Mariane, vim retribuir a visita aos jujubas e que encanto seu espaço. Lindos textos!
Interessante, você dizendo bambu que cede ao vento aqui e eu árvore que dobra ao vento lá (dias genericos). Adoro essas sincronicidades!
beijão e também te seguindo!
Impossível não se encantar com as Jujubas Patrícia.
E árvores, bambus e ventos sempre nos trazem muita reflexão, seja bem vinda a este pequeno espaço que começa a ganhar cor!
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